Título: Semana começa com menor pressão...
Autor: Jiane Carvalho
Fonte: Gazeta Mercantil, 29/11/2004, Finanças & Mercados, p. B-1
"A depreciação do dólar ajuda no controle de preços de uma série de produtos cotados na moeda ou que utilizam insumos importados", diz Cintra. O comportamento do câmbio foi apontado em relatório do Bradesco na sexta, para justificar a mudança na previsão do IPCA para 2005, de 5,98% para 5,85%. A outra notícia que ajudou no recuo das projeções de juros foi divulgada pelo IBGE. Embora o desemprego tenha caído para 10,5% no mês passado, o crescimento das vagas no mercado foi acompanhado pela queda de 1,2% na renda média do trabalhador em outubro na comparação com setembro. "A renda menor tira um pouco da pressão sobre os preços, que ocorre quando o emprego aumenta", diz Cintra.
Nesta semana, o mercado deve operar de olho na divulgação de dois indicadores importantes: o PIB e o IGPM de novembro. Se o PIB mostrar um desaquecimento da economia, é provável que a curva dos juros se mantenha em queda. O mesmo ocorre com o IGPM, principal indexador dos chamados contratos administrados, como os de telefonia e de energia elétrica. Um índice acima do previsto pode impedir a continuidade da queda nas taxas de juros futuros, enquanto um IGPM menor ajudaria na melhora das expectativas.
No mercado internacional de títulos públicos, o C-Bond registrou valorização de 0,06%, vendido a 100,938 do valor de face. Já o risco-país, medido pelo JP Morgan, recuou 1,09%, fechando em 411,72 pontos-base.