Título: Combustíveis puxam as importações na 1ª semana de dezembro
Autor: Silmara Cossolino
Fonte: Gazeta Mercantil, 07/12/2004, Nacional, p. A-4

As importações na primeira medição de dezembro ficaram 75,9% acima da média diária, quando comparadas com o mesmo período do ano passado, passando de US$ 181,7 milhões para US$ 319,7 milhões. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Neste período as importações foram ampliadas, em maior parte, pelos combustíveis e lubrificantes, que cresceram 378,5%.

Os gastos com produtos siderúrgicos também cresceram, registrando alta de 108,6%, bem como os equipamentos eletricoeletrônicos com 102,5%.

Nos primeiros três dias úteis do mês, a balança comercial registrou superávit de US$ 211 milhões com exportações de US$ 1,170 bilhão e importações de US$ 959 milhões.

No ano, as exportações acumulam US$ 88,450 bilhões e as importações, US$ 58,043 bilhões, com saldo positivo de US$ 30,407 milhões. O valor está próximo às projeções de mercado, que apontam superávit de US$ 33 bilhões em 2004.

A média diária das exportações nos primeiros três dias úteis de dezembro somou US$ 390 milhões, um crescimento de 27,1% quando comparado com igual período do ano passado. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o resultado foi influenciado pelo aumento das três categorias de produtos. No entanto, o destaque ficou por conta dos semimanufaturados (ligas de alumínio, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto, ferro fundido, celulose, madeira serrada, couros e peles, ferro-ligas e açúcar em bruto), que cresceu 50,8%, passando de US$ 48,8 milhões para US$ 73,6 milhões no período analisado.

Os embarques de manufaturados cresceram 29,1%, de US$ 177,5 milhões para US$ 229,2 milhões. Foram influenciados, em boa parte, por gasolina, máquinas e aparelhos para terraplanagem e óleos combustíveis, entre outros.

Os produtos básicos tiveram crescimento de 10,5%, atingindo US$ 83 milhões no período em análise. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, a categoria foi puxada por conta, principalmente, por carne bovina, suína e de frango, além de fumo em folhas e algodão em bruto.

Em relação a novembro, as exportações caíram 4,4% devido à redução de 21% nas vendas de produtos básicos, passando de US$ 105,1 milhões para US$ 83,0 milhões, e manufaturados, que tiveram queda de 1,8%, de US$ 233,3 milhões para US$ 229,2 milhões. Por outro lado, os semimanufaturados apresentaram crescimento de 16,2%, de US$ 63,4 milhões para US$ 73,6 milhões.