Título: IPCA sobe 0,69% em novembro e IGP-M aumenta 0,62%
Autor: amantha Lima e Viviane Monteiro
Fonte: Gazeta Mercantil, 09/12/2004, Nacional, p. A4

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que baliza as metas de inflação, subiu 0,69% em novembro, uma aceleração de 0,25 ponto percentual (p.p.) em relação à taxa apurada em outubro, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA de novembro ficou em linha com as estimativas do mercado, que oscilavam entre 0,60% a 0,70%. De janeiro a novembro, o IPCA acumulou alta de 6,68%.

O IPCA abrange famílias com renda de até 40 salários mínimos de nove regiões metropolitanas do País, além de Goiânia e Brasília. Todas as áreas pesquisadas registram inflação. As maiores taxas foram apuradas em Brasília (0,95%) e Belo Horizonte (0,90%). Já os menores índices foram observados no Rio de Janeiro (0,50%) e Porto Alegre (0,52%). Em São Paulo houve alta de 0,75%. Para o cálculo do índice de novembro foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 25 de novembro com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 27 de outubro.

Segundo o IBGE, a alta do período foi influenciada, sobretudo, pelos preços dos combustíveis que voltaram a pressionar o índice. Individualmente, os preços da gasolina e do álcool responderam pelas maiores contribuições, junto com um impacto de 0,21 p.p. no índice.

O aumento dos combustíveis de 15 de outubro foi o principal responsável pela inflação em novembro. No período, a alta registrada na gasolina foi de 2,56%. "O IPCA de novembro não trouxe os efeitos do último reajuste, no dia 26 de novembro, que foi ainda maior do que o anterior (4,2% na gasolina e 8% no diesel, contra 2,4% e 4,8%, respectivamente, no mês de outubro)", afirma a gerente do sistema de índices do IBGE, Eulina Nunes.

Para efeito de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro, também calculado pelo IBGE, registrou alta de 0,44%, ou 0,25 ponto percentual menor do que o IPCA. O INPC mede a variação no custo de vida de famílias com renda até 8 salários mínimos. A segunda parcela de reajuste de telefonia fixa em outubro também influenciou, com alta média de 2,66%.

IGP-M sobe 0,62%

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentou alta de 0,62% na primeira prévia de dezembro, revelou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da estimativa do mercado, que era de 0,40%. Na primeira prévia do mês passado, a taxa subiu 0,33%, e no índice fechado de novembro, 0,82%.

Entre os componentes, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC-M) foi o único a apresentar desaceleração comparado à primeira prévia de novembro, passando de 0,93% para 0,55%. O Índice de Preços por Atacado (IPA-M) subiu 0,74%, ante a alta de 0,31% da primeira medição de novembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) aumentou 0,30%, ante 0,15% da mesma etapa do mês anterior.