Título: Reforço na fronteira
Autor: Mariz, Renata
Fonte: Correio Braziliense, 15/04/2011, Brasil, p. 10

Durante um evento no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou que, até o fim do mês, montará um gabinete de gestão integrada em parceria com o governo do Paraná para aumentar o policiamento na fronteira brasileira com o Paraguai. ¿Estamos buscando uma sintonia com as polícias e as Forças Armadas. Sem essa integração, sem essa sinergia, nós não temos um plano eficaz de fronteira¿, disse. Apesar dos esforços, a iniciativa pode não surtir os efeitos esperados levando em consideração dados da própria pasta de Cardozo: 80% das armas apreendidas ilegalmente no país são de origem nacional. ¿É claro que temos que reforçar as fronteiras, mas o grande problema não é esse¿, critica Antonio Rangel, coordenador do Instituto Viva Rio, parceira do governo federal na campanha do desarmamento.

Uma semana depois da tragédia em Realengo, pais de alunos estiveram na Escola Tasso da Silveira para discutir o retorno das atividades. Ficou acertado que as aulas serão retomadas de forma gradativa em até três semanas, com a participação inicial dos estudantes de séries mais avançadas. Mãe de Mariana Rocha, uma das 12 crianças mortas no massacre, a dona de casa Noeli da Silva Rocha, 38 anos, afirmou que vai processar a escola. ¿Quero justiça¿, destacou Noeli. Depois de prender o terceiro homem acusado de fornecer armamento ao atirador, a polícia do Rio descartou qualquer envolvimento de Wellington em redes terroristas. (RM)