Título: Produção industrial cresceu em todas as regiões em outubro
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Fonte: Gazeta Mercantil, 15/12/2004, Nacional, p. A-6
A produção industrial em outubro continuou crescendo nas 14 regiões abrangidas pela pesquisa industrial mensal regional divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora todas as taxas tenham permanecido positivas, houve desaceleração no ritmo produtivo, de um mês para o outro, em sete das 14 regiões investigadas. Essa redução de ritmo já havia sido apontada pelo índice nacional, que registrou crescimento de 7,4% em setembro e 2,7% em outubro.
Os maiores recuos aconteceram nas indústrias do Paraná, cuja taxa passou de 19,2% em setembro para 6,7% em outubro, e São Paulo (de 15,7% para 5,5%). Amazonas (5,8%) e Minas Gerais (6,3%) mantiveram o mesmo ritmo produtivo. Entre os locais que mostraram expansão da produção, destacaram-se o Espírito Santo, que cresceu 1,9% em setembro e 8,5% em outubro, e a Bahia (de 3,9% para 7,3%).
A pesquisa mostra que no acumulado no ano, as taxas positivas também alcançaram todos os locais. Cinco avançaram com crescimento a dois dígitos: Amazonas (12,5%), São Paulo (12,2%), Santa Catarina (10,9%), Ceará (10,2%) e Pará (10,0%). De acordo com o IBGE, nestas regiões confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo do ano, com comportamento favorável da produção de bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos, celulares), bens de capital (máquinas e equipamentos), e também das exportações (minérios de ferro, castanha de caju). Com crescimento acima da média nacional (8,3%) situou-se ainda o Paraná (8,9%).
O indicador acumulado nos últimos 12 meses mostrou um ligeiro aumento no ritmo de produção para a maioria das áreas pesquisadas, entre setembro e outubro. Esse movimento foi particularmente amplo no Ceará (de 5,9% para 7,2%) e em Santa Catarina (de 7,0% para 8,1%), atingindo também Espírito Santo (de 1,7% para 2,7%), São Paulo (de 10,3% para 11,0%), Nordeste (de 3,2% para 3,9%), Pará (de 8,7% para 9,3%), Minas Gerais (de 5,3% para 5,9%), Bahia (de 4,1% para 4,7%), Rio Grande do Sul (de 5,9% para 6,0%), Pernambuco (de 5,2% para 5,3%) e Rio de Janeiro (de 1,5% para 1,6%). Somente o Paraná (de 8,4% para 8,2%) e Goiás (de 4,8% para 4,5%) reduziram o ritmo de um mês para o outro.
Veículos e petróleo são destaque
A produção em São Paulo cresceu 5,5% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, influenciada, principalmente, pelo desempenho da indústria de veículos automotores (24,7%) e de máquinas e equipamentos (15,1%).
A taxa de crescimento acumulada no ano pela indústria paulista, a segunda maior entre as 14 regiões investigadas, também foi puxada pela indústria de veículos automotores, com aumento de 30,6%. Depois, vieram máquinas e equipamentos, com crescimento de 21,8%. Apenas edição e impressão, com queda de 1,1%, pressionou negativamente o índice geral.
A retomada de produção nas plataformas de petróleo (0,2%), após três meses consecutivos de queda, e o crescimento de 24,4% na produção de bebidas ajudaram a indústria do Rio de Janeiro a manter taxas positivas de crescimento. Em outubro, o aumento foi de 0,7% em relação a outubro do ano passado, mantendo, assim, a seqüência de seis resultados positivos neste tipo de comparação. No acumulado do ano, a alta foi de 2,1% e nos últimos 12 meses a expansão foi de 1,6%.
No acumulado do ano, a indústria extrativa recuou (¿4,5%) influenciada pelas paradas programadas para manutenção de plataformas de extração de petróleo.
kicker: São Paulo cresceu 5,5%, puxado pela indústria de veículos automotores