Título: Fraude em convênio
Autor: Medeiros, Luísa
Fonte: Correio Braziliense, 15/04/2011, Cidades, p. 23

Conforme o Correio publicou na edição de ontem, sindicância interna iniciada pelo Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) em 2009, logo após o escândalo político revelado pela Caixa de Pandora, mostra que foram desviados R$ 2,9 milhões de convênio firmado entre a autarquia e o Centro de Assistência Social às Pessoas Portadoras de Deficiências do DF (Casped). Ex-gestores do órgão são acusados de contratar parentes, funcionários fantasmas e servidores que não apresentavam necessidades especiais, conforme o objeto do convênio, que durou entre 2007 e setembro de 2010.

O processo investigativo tem quase duas mil páginas, onde estão testemunhos e documentos que comprovam a fraude. No centro das denúncias está o ex-secretário adjunto de Transportes, Júlio Urnau. Os investigadores rastrearam sete depósitos bancários, cujos valores médios era R$ 3,5 mil, feitos para a mãe dele, Vera Maria Pozza Urnau. De acordo com a apuração, ela não conseguiu comprovar ser portadora de necessidades especiais.

Na próxima semana, além de Júlio Urnau, devem ser denunciados a ex-diretora administrativo-financeira do DFTrans Maria Lêda de Lima e Silva e Paulo Henrique Barreto Munhoz da Rocha, diretor da autarquia na gestão de José Roberto Arruda.