Título: Concorrência torna satélites mais acessíveis
Autor: Vicente Vilardaga
Fonte: Gazeta Mercantil, 01/09/2004, Primeira Págiana, p. A-1

Os negócios corporativos aumentam. Se há uma infra-estrutura capaz de suportar grandes taxas de crescimento a médio e longo prazos no Brasil é a de satélites. A "capacidade espacial" do País é superior à demanda e há grande competição entre operadoras. A conseqüência é que os preços dos serviços, seguindo a tendência geral nas telecomunicações, apresentam tendência de queda nos últimos anos e abrem possibilidade para o avanço dos negócios com satélites no mercado corporativo.

Dois satélites geoestacionários, com cobertura do espaço orbital brasileiro, foram lançados neste ano: o Amazonas, da Hispamar (joint venture da Hispasat com a Telemar), em agosto, e o Estrela do Sul 1, da Loral Skynet.

Há, ao todo, 31 satélites geoestacionários orientados total ou parcialmente para o Brasil. E existe disponibilidade nas unidades repetidoras de múltiplo acesso (transponders) dirigida para o território nacional. Os transponders são os elementos ativos do satélite que recebem e transmitem sinais. "Hoje, em um projeto de rede corporativa por satélites com cobertura nacional teríamos entre oito e dez propostas de operadoras", afirma Délio Morais, presidente da Hughes Network Systems. Morais estima que o custo médio do megahertz contratado caiu cerca de 60% nos últimos cinco anos, a partir da privatização das telecomunicações no Brasil.

O segmento corporativo é o que mais avança no negócio de satélites.