Título: DF e Goiás apoiam ação
Autor: Calcagno, Luiz
Fonte: Correio Braziliense, 15/04/2011, Cidades, p. 27

As secretarias de Segurança do Distrito Federal e de Goiás discordam dos especialistas. Para ambos os governos, mesmo com repasse de recursos e convênios entre a unidade da Federação e o estado goiano, a presença da tropa de elite na região se faz necessária para combater a criminalidade. ¿É importante para socorrer o quadro atual da segurança pública no Entorno. A solução definitiva passa por melhorias nas polícias Militar e Civil de Goiás, no sistema prisional e no Corpo de Bombeiros. Mas a presença da Força Nacional de Segurança ajuda. É um socorro momentâneo, só que a questão dos investimentos a médio e a longo prazo é que irão socorrer¿, afirmou o chefe de gabinete de Gestão de Segurança do Entorno, coronel Alexandre Freitas Elias.

O chefe de gabinete defendeu que haverá maior eficiência na ação da FNS no Entorno. Isso porque, segundo ele, a Secretaria de Segurança de Goiás levantou os erros e os acertos da última presença da tropa na região. Também está em fase de elaboração um mapeamento criminal para selecionar pontos estratégicos de ação. ¿Se houve falhas, com certeza, vamos trabalhar para corrigi-las. Além disso, agora, a Força Nacional terá uma polícia jurídica, com peritos e delegados para ajudar a Polícia Civil.¿

Já o subsecretário de Operações da Secretaria de Segurança Pública do DF, coronel Jooziel de Melo Freire, o crime no Entorno ¿é, sim, pontual¿. Segundo ele, os criminosos locais agem em grupos voltados para delitos específicos, como, por exemplo, roubo a ônibus ou a postos de gasolina. ¿Quando prendemos três pessoas que roubam um coletivo em uma determinada área, acabamos com esse tipo de crime na região por quase seis meses. E a vinda da Força será eficaz justamente porque atuará de maneira científica e pontual. Teremos os limites do DF vigiados¿, disse.

Questionado sobre os resultados práticos da última ação da FNS no Entorno, o Ministério da Justiça não respondeu ao Correio. A reportagem ligou para o órgão cinco vezes, e a assessoria de imprensa protelou a resposta até o horário de fechamento da edição.