Título: Dieese registra redução apenas em Fortaleza
Autor: Maria de Lourdes Chagas
Fonte: Gazeta Mercantil, 02/09/2004, Nacional, p. A-7

Em agosto, Fortaleza foi a única capital brasileira que registrou queda no custo do conjunto de gêneros essenciais cujos preços são acompanhados pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). A queda verificada na capital cearense foi de 3,11%, passando para R$ 139,70.

Nas outras 15 capitais pesquisadas pelo Dieese foram registradas altas: Aracaju (8,52%, para R$ 150,15); Natal (8,27%, para R$ 152,07); Florianópolis (8,07%, para R$ 175,64); Vitória (7,59%, para R$ 165,05); João Pessoa (6,63%, para R$ 150,07); Rio de Janeiro (6,10%, para R$ 178,81); São Paulo (4,78%, para R$ 182,26); Porto Alegre (4,49%, para R$ 189,99); Curitiba (3,92%, para R$ 171,95); Belo Horizonte (3,90%, para R$ 176,21); Recife (3,85%, para R$ 147,03); Salvador (3,30%, para R$ 140,48); Belém (3,05%, para R$ 158,21); Brasília (2,61%, para R$ 169,32); Goiânia (2,35%, para R$ 150,58).

O principal responsável pela aumento da cesta básica foi o tomate. Quinze cidades apresentaram registraram alta no preço do produto, 13 delas acima de 20%. As maiores elevações foram apuradas em Aracaju (54,72%), Vitória (52,54%), Florianópolis (48,24%) e Salvador (41,40%). Somente em Fortaleza seu preço caiu (¿5,88%), o que foi determinante para a redução do custo da cesta na capital cearense. De acordo com José Maurício Soares, economista do Dieese, o preço do tomate voltou a subir por causa do clima, que afetou a produção no Sul e no Sudeste.