Título: Caem as vendas no varejo e a produtividade
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Fonte: Gazeta Mercantil, 03/09/2004, Internacional, p. A-12

Uma série de relatórios do governo, divulgados ontem, ofereceram um cenário misto da economia dos Estados Unidos, enquanto as fracas vendas dos principais varejistas em agosto alimentaram preocupações sobre os gastos dos consumidores. A produtividade do trabalhador norte-americano aumentou a uma taxa anualizada de 2,5% no segundo trimestre, abaixo da estimativa preliminar de 2,9%, e a menor taxa desde o quarto trimestre de 2002 informou o Departamento de Trabalho.

Os pedidos de auxílio-desemprego subiram em parte por causa dos efeitos do furacão Charley pela segunda semana e as encomendas à indústria aumentaram mais que o esperado em julho. Economistas disseram que a revisão para baixo na produtividade era esperada após o governo reduzir sua estimativa para o ritmo do crescimento no período.

"Eu diria que com o crescimento da produtividade desacelerando para a tendência de longo prazo no segundo trimestre, nós devemos ver espaço para aumento nas contratações", disse Peter Hooper, do Deutsche Bank Securities.

A produtividade ficou próxima das projeções dos analistas para um crescimento de 2,7%, mas ficou abaixo do avanço de 3,7% do primeiro trimestre. O crescimento da produtividade significa que as empresas podem produzir mais produtos e aumentar os lucros sem impulsionar a inflação. A remuneração real do trabalhador por hora - ajustada pela inflação - caiu a uma taxa anual de 0,4%, após declinar a 1,6% no primeiro trimestre. Foram as primeiras quedas desde 2002.

Em outros relatórios , o Departamento de Trabalho informou que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA avançaram em 19 mil para 362 mil na semana encerrada em 28 de agosto; o Departamento de Comércio informou que as encomendas à indústria aumentaram 1,3% em julho.