Título: Alimentos pressionam e IPC Semanal sobe 0,91%
Autor: Cristina Borges Guimarães
Fonte: Gazeta Mercantil, 08/09/2004, Nacional, p. A-4

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) - calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base nos preços coletados entre os dias 27 de julho a 25 de agosto de 2004, comparados com os do período entre 26 de junho a 26 de julho de 2004 - subiu 0,91%, uma alta de 0,06 ponto percentual (p. p.) em relação à última edição.

O aumento do grupo alimentação passou de 1,39% na semana anterior para 1,73%, respondendo por mais de 53% da variação registrada pelo índice geral. Os grupos habitação e transportes também contribuíram para a formação da taxa deste IPC-S e juntos representaram 37,57% da taxa de variação do IPC-S. Habitação, que na apuração anterior subiu 0,81%, desacelerou e registrou alta de 0,55%. Em contrapartida a elevação do grupo transportes acelerou, de 0,98% para 1,46%.

A inflação voltou a ser registrada no grupo vestuário (0,08%) após ter registrado deflação de 0,11 na semana anterior. Saúde e cuidados pessoais desacelerou de uma alta de 0,39% para 0,29%, enquanto educação, leitura e recreação passou de 0,51% para 0,54%. O grupo despesas diversas subiu 0,09% após ter subido 0,19% na semana anterior.

Entre os alimentos, as pressões vieram de hortaliças e legumes (13,23%), adoçantes (7,12%) e carnes bovinas (0,77%). Apesar da aceleração ocorrida neste grupo, 12 dos 21 itens componentes apresentam taxas decrescentes - como arroz e feijão (¿4,08%) e massas e farinhas (¿0,27%).

A maior desaceleração, em contraste com a maior aceleração do alimentos, foi registrada pelo grupo habitação. As maiores contribuições para esta redução na taxa partiram dos subitens tarifa elétrica residencial (de 2,77% para 1,53%) e tarifa de telefone fixo (de 2,15% para 0,99%), a contribuição conjunta das duas tarifas foi de 0,11 p.p., o que eqüivale a 65% da influência total produzida pelo grupo.

Entre as 12 capitais pesquisadas, dez apresentaram aceleração, enquanto duas apresentaram desaceleração. A capital com a maior taxa de inflação foi Goiânia, com 1,68%.