Título: Pequim abrirá seu mercado mais do que o negociado na OMC
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Fonte: Gazeta Mercantil, 10/09/2004, Internacional, p. A-10

A China ampliará seus compromissos de abertura de mercado feitos à Organização Mundial do Comércio (OMC), e fará ainda mais para se abrir aos investimentos estrangeiros, em especial no setor bancário, informaram altas autoridades da área econômica do país. Pequim satisfez totalmente suas obrigações ante a OMC, reduzindo tarifas e destruindo barreiras não-tarifárias, como restrições burocráticas, disse o vice-primeiro-ministro Wu Yi em uma conferência na cidade portuária de Xiamen, sudeste da China, segundo divulgado ontem pelos meios de comunicação estatais.

O governo chinês tomou medidas para afrouxar o controle sobre os direitos do comércio estrangeiro, antes do prazo final de 1º de julho, disse Wu, que participou das negociações para o ingresso da China na organização, como ex-ministro do Comércio. A maior autoridade bancária do país disse que a China planeja abrir ainda mais seu setor bancário às instituições estrangeiras, e até encorajá-las a adquirir participações nos bancos locais.

Pequim limitou os investimentos externos em seus bancos, na esperança de melhorar o gerenciamento e tecnologia das instituições de crédito locais, antes de permitir a concorrência dos bancos estrangeiros, em bases iguais com os financiadores chineses, até 2006. Esse compromisso fez parte do pacote de acordos, condição imposta pela OMC para a entrada da China na organização, no final de 2001.

Liu Mingkang, chairman da Comissão Reguladora Bancária da China, disse que a partir de agosto os bancos estrangeiros instalaram 200 unidades operacionais no país, e lançaram mais de 100 produtos bancários.

Treze bancos do exterior foram autorizados a manter operações bancárias on-line, acrescentou. "Instituições financeiras estrangeiras, em especial bancos fundados no exterior, tornaram-se componente importante do sistema bancário chinês," disse Liu.