Título: Sites brasileiros ampliam seu leque de produtos
Autor: Marcos Lopes Padilha
Fonte: Gazeta Mercantil, 14/09/2004, Varejo de Eletrodomésticos, p. A-10

As vendas de bens de consumo pela internet, especialmente aparelhos eletroeletrônicos, continuam crescendo em ritmo acelerado. Em maio último, o índice de varejo on-line (VOL), calculado pela Câmara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) e pela empresa E-Consulting, registrou R$ 506,5 milhões, 39,5% mais que no mesmo período de 2003. Desse total, os bens de consumo responderam por 27,2% (R$ 137,8 milhões).

Ainda de acordo com a Câmara-e.net, do faturamento de R$ 1,2 bilhão com varejo virtual, em 2003, as vendas de eletrônicos e eletrodomésticos responderam por 50%, bem mais que os 15% de livros, CDs e DVDs. O tíquete médio atingiu R$ 315, em dezembro de 2003, ante os R$ 281, no mesmo período do ano anterior, e bem acima das expectativas do mercado.

Os eletroeletrônicos foram os principais responsáveis pelo salto do tíquete médio, com participação de 11% no total vendido no Natal (ante 10% na mesma data em 2002), ou o equivalente a R$ 22,44 milhões em compras. De acordo com a empresa de pesquisas E-bit, o valor médio de compra de aparelhos eletrônicos pela internet é de R$ 720 e das demais linhas de eletrodomésticos, de R$ 570, ante menos de R$ 100 de livros e CDs.

Ainda de acordo com levantamento da E-bit, os produtos mais desejados pelos e-consumidores são DVD player, câmera digital, "home theater" e televisor de tela plana. Ao longo de 2003, a intenção de compras de DVD player saltou de 38% para 67%.

Vale lembrar que as vendas de eletroeletrônicos pela web começaram a deslanchar a partir de 1999. No segmento de eletrodomésticos, o leque de ofertas é variado e inclui televisores, câmeras portáteis e artigos para fotografia, aparelhos de som, videocassete e DVD player, bem como os respectivos acessórios.

De acordo com a Credicard, o volume movimentado com cartões de crédito nas compras on-line alcançou R$ 1,015 bilhão no ano passado, um crescimento de 36% em relação a 2002 - bem acima da alta prevista de 19,4%.