Título: Petrobras fecha compra de refinaria no Japão
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Fonte: Gazeta Mercantil, 02/04/2008, Infra- Estrutura, p. C4

Rio, 2 de Abril de 2008 - A Petrobras concluiu o processo de compra de uma refinaria no Japão que pertencia à petrolífera norte-americana ExxonMobil, por US$ 50 milhões, informou ontem a empresa.

A estatal brasileira e a TonenGeneral, subsidiária de ExxonMobil, concluíram o acordo - anunciado no final do ano passado - para a compra de 87% da refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, explicou a companhia em comunicado. Os 12,5% restantes ficarão com a acionista minoritária Sumitomo Corporation.

"O negócio representa um marco muito importante para a Petrobras que, pela primeira vez, entra na Ásia em operações de refino", destacou a empresa. A petrolífera brasileira já atua no mercado asiático por meio de um escritório em Beijing e de uma trading de etanol, a Nippaku Ethanol (Brazil-Japan Ethanol).

Atualmente, a Petrobras e a empresa japonesa Mitsui também estudam parcerias na área de biocombustíveis, com destaque para o álcool, e já avaliam locais para a instalação de cinco usinas previstas em acordo firmado entre as duas companhias. Já foram definidas unidades nos estados de Goiás e de Mato Grosso, onde há estudos para a construção de um alcoolduto. As usinas produzirão etanol para atender ao mercado japonês.

Capacidade: 100 mil barris

A refinaria de Nansei tem capacidade para processar 100 mil barris de petróleo leve por dia, e produz derivados de alta qualidade e nos padrões do mercado japonês. Também dispõe de um terminal de petróleo e derivados para armazenar 9,6 milhões de barris, e possui três píeres capazes de receber navios com capacidade de 97 mil toneladas de peso útil.

A Petrobras explicou que deve usar essas instalações para impulsionar o negócio de biocombustíveis no Japão e no mercado asiático. Presente em 27 países, em quatro continentes (Américas, África, Ásia e Europa), a estatal é uma das líderes mundiais em exploração e produção de petróleo em águas profundas.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4)(EFE e Agência Brasil