Título: São Paulo manda 32 médicos para o Rio
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 08/04/2008, Nacional, p. A6

Uma equipe composta por 32 profissionais de medicina de São Paulo desembarcou ontem para ajudar no atendimento a pacientes com dengue no Rio de Janeiro. O maior contingente foi enviado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, que deslocou um grupo de 40 pessoas composto por 11 médicos, 20 enfermeiros e nove técnicos de saúde. De acordo com informações do Albert Einstein, a equipe ficará baseada nas tendas de hidratação da unidade do Corpo de Bombeiros do bairro do Méier. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, são esperados 150 médicos vindos de todos os estados brasileiros. Eles receberão R$ 500 por plantão de 12 horas. O governo de Minas Gerais também ofereceu médicos. Em Minas, 15 especialistas estão disponíveis, sem data prevista para chegada ao Rio. Entre os profissionais destacados para auxiliar no atendimento aos doentes, dois vieram do Amazonas e outros sete de Mato Grosso do Sul, onde a capital, Campo Grande, passou por uma epidemia de dengue em 2007. De acordo com a assessoria de imprensa do governo fluminense, uma equipe com cerca de 18 médicos gaúchos deve chegar ainda hoje. Seis médicos de Pernambuco e um especialista do Amapá também vão reforçar o combate à dengue. Os médicos devem integrar equipes atenderão nas tendas de hidratação, montadas para tratar dos pacientes que já passaram por hospitais. Há possibilidade também de atender nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), reforçando a pediatria. Cerca de 40 médicos vindos de outros estados para trabalhar no combate à dengue no Rio começaram ontem a ser treinados pela Secretaria Estadual de Saúde, no quartel-general do Corpo de Bombeiros, no centro da cidade. Domingo chegaram os primeiros profissionais, entre clínicos e pediatras, e, até o final do dia, são esperados 83 médicos, no total, de vários estados brasileiros. A estimativa é que eles comecem a trabalhar hoje. Segundo a secretaria, os médicos devem integrar as equipes que vão atuar nas tendas de hidratação, onde os pacientes que já passaram por hospitais são tratados, e também irão trabalhar nas unidades de pronto atendimento, reforçando a pediatria. O primeiro grupo passou por um treinamento que durou todo o dia. Os médicos recebem uma série de orientações, como informações sobre o protocolo de atendimento à dengue no Rio. A idéia é que eles permaneçam no Estado do Rio de Janeiro por 15 dias e depois sejam substituídos por outros profissionais, até que a epidemia se estabilize. A pediatra gaúcha Viviane Rauber, de 30 anos, foi convidada para reforçar a equipe no Rio pela direção do Hospital da Criança Santo Antônio, ligado à Santa Casa de Porto Alegre, onde trabalha. A médica disse que é a primeira vez que recebe treinamento para combater a epidemia de dengue. "Eu espero poder ajudar. É uma realidade diferente da que eu estou acostumada. O Rio Grande do Sul também tem vários casos de dengue, mas muitos adquiridos em outros estados", contou a pediatra. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Agência Brasil)