Título: G7 discutirá resposta à crise de crédito
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 10/04/2008, Internacional, p. A12

As autoridades financeiras dos países do Grupo dos Sete (G7, das economias mais industrializadas do planeta) vão se reunir com cerca de 10 banqueiros do setor privado em uma discussão nesta semana para ajudar a desenhar a resposta à crise global de crédito, disse ontem um membro do governo japonês. Os presidentes dos bancos centrais e os ministros das finanças das maiores economias industrializadas do mundo se encontrarão na sexta-feira, com a crescente pressão por uma resposta comum para a crise que abalou os mercados, bombardeou os bancos e fez o crescimento econômico global patinar. "A incerteza nos mercados continua muito forte de um modo geral", disse o funcionário do ministério das Finanças do Japão em um encontro pré-G7. "Nessas condições, o foco do debate provavelmente será as medidas que deveriam ser tomadas para diminuir os riscos (para os mercados)", afirmou. O funcionário japonês, que falou sob condição de anonimato, disse que os nomes dos bancos que participarão do encontro em Washington serão divulgados no dia da reunião. "Cerca de 10 pessoas das principais instituições financeiras do mundo foram convidadas para trocar idéias sobre o que está por trás da recente turbulência do mercado e sobre a melhor maneira de lidar com isso", disse a fonte. "É um encontro informal, então não será o lugar para pedir aos bancos que façam alguma coisa. Em vez disso, nós vamos perguntar aos bancos porque ocorreu (a turbulência nos mercados) e quais as medidas a serem tomadas." O Japão apoiou os pedidos da Europa por uma ação conjunta do G7 para acalmar os mercados financeiros e proteger a economia global. Ainda que os bancos japoneses tenham escapado do pior da crise disparada pela inadimplência nas hipotecas norte-americanas, Tóquio está preocupado que a queda do dólar e a desaceleração dos Estados Unidos afete as exportações e o crescimento do país asiático. O G7 é composto por EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão. Na terça-feira, o Banco do Japão disse que Washington pode ter que usar recursos públicos para socorrer bancos norte-americanos caso o investimento privado não funcione. A idéia - uma das opções mais drásticas de combate à crise de crédito - deve ser discutida na sexta-feira, ainda que um funcionário do Tesouro norte-americano já a tenha minimizado, dizendo que não está entre as principais opções. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(Reuters)