Título: Programas ajudam gerar emprego
Autor: Alvaro Figueiredo
Fonte: Gazeta Mercantil, 15/09/2004, azeta do Brasil, p. B-14

As principais linhas de crédito e microcrédito operadas pela Agência de Fomento da Bahia (Desenbahia) ajudaram a criar ou manter cerca de 2.470 postos de trabalho no estado, entre os meses de janeiro e julho deste ano, de acordo com dados divulgados no último balanço operacional da agência. O número corresponde ao crescimento aproximado de 60%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados/mantidos, com apoio da agência, cerca de 1.553 postos.

"Os programas que mais contribuíram para esse crescimento foram o CrediBahia, voltado para o microcrédito, Protáxi, linha de financiamento para renovação e ampliação da frota de táxis, e o Credifácil, voltado para atendimento às micro e pequenas empresas", detalha o presidente da agência, Vladson Menezes, que contabilizando nestas linhas um total de 1.982 postos.

"Em seguida aparecem as linhas repassadas do BNDES com outros 247 empregos criados ou garantidos, e a carteira de recursos próprios da Desenbahia (241), representada por financiamentos ao setor público, via Pró-Municípios e Produr", acrescenta, destacando que os dois programas dão apoio creditício à implantação de infra-estrutura física e de serviços nos municípios baianos.

Os dados divulgados pelo balancete dão conta ainda de que chegaram a chegaram a 2.015 o total de projetos aprovados, nos primeiros sete meses deste ano, mantidos pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado da Bahia (Fundese).

Os programas CrediBahia, Protáxi e Credifácil corresponderão à aplicação de R$ 10,6 milhões, frente a 1.081 projetos e R$ 9,2 milhões aplicados nos mesmos meses de 2003. O setor público ampliou a quantidade de projetos aprovados entre janeiro e julho de 2003, de oito para 17 neste ano, investindo R$ 7,6 milhões nos programas de infra-estrutura Produr e Pró-Municípios. Em 2003, aplicações ficaram em R$ 2,8 milhões.

Controle

De acordo como executivo, o aumento deve-se ao fato de os programas serem relativamente novos, já que todos foram implementados a partir de 2002, além do fato de terem a liberação dos recursos condicionada à autorização da Secretaria do Tesouro Nacional, responsável pelo controle do endividamento das prefeituras em todo o país. "Somente a partir do final do ano passado foi intensificado o processo de autorização", justifica. "Quanto à carteira do BNDES, esta apresentou redução de 30% no número de postos de trabalho gerados, que caíram de 314 para 247, enquanto o volume de recursos financiados também caiu, de R$ 4,2 milhões para R$ 1,27 milhão.

No cômputo geral, os principais programas geridos pela Desenbahia registraram um aumento de 69,7% no volume de aprovações, durante os sete meses em análise, em relação a igual período de 2003, contabilizando 2.035 projetos aprovados. As liberações somaram 2.002 projetos, representando variação positiva de 65,7%. Quanto ao volume de recursos, os projetos aprovados totalizaram valores de R$ 19,5 milhões, equivalentes a crescimento de 20,4%, mais as liberações R$ 31,9 milhões, 11,8% a mais. A área mais beneficiada foi a de comércio e serviços (53,3%), seguido pelo setor público (39,1%).