Título: Governo gasta só 14% dos recursos previstos
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 02/06/2008, Nacional, p. A4

Brasília, 2 de Junho de 2008 - Dos R$ 17,2 bilhões previstos este ano para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em obras de saneamento, transporte rodoviário, portos, aeroportos e irrigação, entre outras, os ministérios conseguiram empenhar, de 2 de janeiro a 30 de abril, R$ 2,5 bilhões, o que representa 14,4% do total. Do conjunto de empenhos realizados nos últimos quatro meses, a Secretaria do Tesouro Nacional pagou R$ 76,9 milhões, conforme apurou a Agência Brasil com fontes credenciadas da área econômica. Se somados aos compromissos de obras assumidos no orçamento de 2007 e que estão sendo pagos este ano, o desembolso em 2008 ficou em R$ 2,168 bilhões até abril. Neste caso, vale lembrar que há R$ 12,668 bilhões de empenhos feitos em 2007 inscritos como restos a pagar. A Casa Civil fará, no próximo dia 4 de junho, um novo balanço do PAC referente ao período de 23 de janeiro a 22 de maio deste ano. A avaliação anterior do programa, que compreendia o seu primeiro ano, já havia incluído os dados até 22 janeiro de 2008. Os novos números que serão apresentados pela Casa Civil deverão ser diferentes da avaliação que vai de 2 de janeiro a 30 de abril de 2008. Nos primeiros quatro meses de 2007, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, apresentou um balanço indicando um empenho de R$ 1,920 bilhão, de uma dotação orçamentária de R$ 9,577 bilhões e com pagamento de R$ 24,2 milhões. O valor global pago, acrescido com restos a pagar de obras empenhadas em 2006, ficou em R$ 986 milhões. A aprovação do Orçamento Geral da União no Congresso Nacional só no final de março é apontada com um dos principais fatores que impediram os ministérios de fazer os empenhos deste ano. Mas também persistem dificuldades com licenças ambientais, elaboração de projetos e gestão. O Ministério dos Transportes foi o que teve mais recursos empenhados até abril deste ano: R$ 1,8 bilhão dos R$ 8,4 bilhões previstos no PAC, o que significa 21,4% do total. Mas os valores efetivamente pagos no período ficaram em R$ 76,3 milhões, ou seja, 0,89% do previsto. O maior valor de recursos empenhados foi destinado para as rodovias: R$ 1,4 bilhão. Em seguida, aparecem as ferrovias (R$ 89,4 milhões), construção de hidrovias e eclusas (R$ 67,4 milhões) e financiamento de estudos e pesquisas (R$ 6,9 milhões). (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 4)(Agência Brasil)