Título: Siresp propõe revisão do preço da nafta
Autor: França, Anna Lúcia
Fonte: Gazeta Mercantil, 23/06/2008, Industria, p. C5

São Paulo, 23 de Junho de 2008 - Até o final desta semana a Petrobras deve receber a proposta das petroquímicas para um novo cálculo do preço da nafta. O documento, com o estudo completo para a precificação considerada mais indicada para o Brasil pelas petroquímicas, está sendo finalizado nos próximos dias, segundo Vítor Mallmann, presidente do Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp) e da Quattor (empresa recém-formada pela associação da Unipar com a Petrobras). "Devemos concluir esta semana a proposta para apresentá-la à Petrobras e dar início às negociações", afirma. De acordo com Mallmann, o cálculo do preço da nafta hoje se baseia no mercado europeu, onde a referência é o petróleo Brent, no contrato futuro para 30 ou 60 dias, mais um spread e os ajustes logísticos. O que as petroquímicas pedem, basicamente, é a redução proporcional ao petróleo bruto que o Brasil exporta, cuja a diferença chega a US$ 16 por barril, em média, nos últimos 18 meses. Segundo Mallmann há um consenso no setor de que a evolução dos preços do petróleo no mercado internacional, aliada às expectativas criadas pelas notícias de descobertas de novas jazidas pela Petrobras, levam a acreditar que este seja um bom momento para se estabelecer uma nova fórmula de preços para a nafta. "Com a mudança do cenário, a forma de fazer o cálculo deve ser alterada", diz. A redução do preço da nafta é fundamental para a indústria, uma vez que o insumo é essencial na produção de resinas plásticas, mercado muito promissor no qual há segmentos como o de polipropileno, por exemplo, que cresce o dobro das taxas de alta do PIB. Mais resinas A produção brasileira de resinas voltou a subir em maio, totalizando 356,6 mil toneladas, depois da queda de 12,8% registrada em abril. O volume maior, 8% acima do registrado no mês anterior, ocorreu em função da retomada da operação da central petroquímica da Braskem localizada em Triunfo, no Rio Grande do Sul, que havia realizado parada de manutenção em abril. De janeiro a maio, a produção, de 1,8 milhão de toneladas, caiu 6,7% em relação a igual período de 2007, segundo a Abiquim. As importações somaram 85,3 mil toneladas no mês, recuando 6,6% em relação a abril, e as vendas externas, que chegaram a 50 mil toneladas, declinaram 9,5%. No ano, as importações somaram 435,8 mil toneladas, com alta de 58% ante igual período de 2007. O consumo aparente de resinas (soma da produção com importações, menos as exportações) cresceu 12,6% de janeiro a maio, chegando a 1,9 milhão de toneladas. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 5)()

-------------------------------------------------------------------------------- adicionada no sistema em: 23/06/2008 02:34