Título: Teles deverão investir R$ 250 bi em dez anos
Autor: Severo, Rivadavia
Fonte: Gazeta Mercantil, 18/06/2008, Nacional, p. A6

Brasília, 18 de Junho de 2008 - Um estudo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indica que o setor de telecomunicações deve investir R$ 250 bilhões nos próximos dez anos em banda larga, telefonia móvel, telefonia fixa e televisão por assinatura. A pesquisa foi divulgada ontem e faz parte da base de cálculo para a revisão das autorizações de regulamentação do serviço de telecomunicações no País. O estudo encomendado a consultores privados foi baseado em estimativas do Banco Central sobre crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e de projeções da Anatel para os investimentos no setor. A média anual de investimentos no País em telecomunicações é de R$ 18 bilhões. Nos últimos dez anos, foram alocados R$ 180 bilhões na área. O dados apontam que o segmento de telefonia celular deve passar dos atuais 130 milhões de assinantes para 270 milhões e a televisão por assinatura saltar do atual patamar de 6 milhões de para 18 milhões de usuários. O segmento que deve apresentar o maior impulso é a banda larga que neste ano deve registrar apenas 800 mil usuários e que chegaria a 160 milhões em 2018, sobretudo por causa do aumento dos serviços de banda larga móvel. A projeção mais tímida atinge a telefonia fixa, que passaria dos atuais 42 milhões de assinantes a 55 milhões em 2018. Ontem, o Superintendente de Serviços Privados na Anatel, Jarbas Valente, detalhou 31 pontos que a agência colocou em audiência pública para rever o Plano Geral para Atualização da Regulamentação do setor de telecomunicações no País. As novas regras valem para toda as tecnologias disponíveis do serviço de telecomunicações e segundo o técnico pretendem aumentar a competição entre os prestadores dos serviços e massificar o uso da banda larga no País nos próximos dez anos. Segundo o presidente da Agência, Ronaldo Sardenberg, as regras visam consolidar a competição de pelo menos três grandes grupos econômicos no setor, com atuação em todo o País. As medidas da agência têm prazo cumprimento. As ações de curto prazo, como nova pesquisa de opinião entre usuários dos serviços para criar novos indicadores de qualidade, devem entrar em operação em até dois anos. As determinações para o médio prazo, como a de regulamentar os serviços multimídia, que se referem à regulamentação de remuneração de redes e ao regulamento de numeração deve ser tomadas em até cinco anos. E as ações de longo prazo, como a revisão da regulamentação da TV por assinatura têm que ser colocadas em prática nos próximos dez anos. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(