Título: Analistas projetam IPCA de 6,08%
Autor: Stecanella, Vanessa
Fonte: Gazeta Mercantil, 24/06/2008, Nacional, p. A6

São Paulo, 24 de Junho de 2008 - A previsão da inflação está cada vez mais se distanciando do centro da meta (4,5%) adotada pelo governo federal para este ano, revela a pesquisa de mercado (Focus) realizada pelo Banco Central (BC) na semana passada. Segundo os analistas financeiros auscultados pela autoridade monetária, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve atingir 6,08% neste ano. Essa taxa está acima da expectativa da semana passada, que era de 5,8%. A estimativa para o indicador em 12 meses avançou de 4,93% para 5,15%, enquanto a expectativa para o IPCA em 2009 subiu de 4,63% para 4,78%. Projeção A previsão para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi elevada de 9,96% para 11,02%. A projeção para 12 meses subiu para 7,29%. Em 2009, o IGP-DI pode atingir 5,03%. A projeção para o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) em 12 meses saltou de 6,71% para 6,92%. Apesar disso, a projeção avançou de 10% para 10,36% em 2008; e se manteve na casa de 5,0% em 2009. Para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), os analistas projetam inflação de 4,66% acumulada em 12 meses. Para 2008, a expectativa saiu de 5,52% para 5,79%. Em 2009, espera-se que o IPC-Fipe permaneça em 4,5%. A projeção para os preços administrados ¿ ou seja, as tarifas públicas ¿ subiu da média de 3,7% para 3,75% neste ano. Para 2009, a previsão avançou de 4,68% para 4,8%. A taxa de câmbio deve terminar o ano em R$ 1,68 por dólar, patamar inferior ao projetado pelo mercado na semana anterior, quando a previsão era de R$ 1,70 para 2008. Para 2009, a estimativa se manteve em R$ 1,77. Para o dólar médio, a expectativa manteve-se em R$ 1,70 no decorrer de 2008, e caiu de R$ 1,75 para R$ 1,74 ao longo de 2009. A projeção para o saldo da balança comercial em 2008 caiu de US$ 23,35 bilhões para US$ 23 bilhões. Para 2009, a previsão de superávit recuou de US$ 15,61 bilhões para US$ 15 bilhões. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)()