Título: A indústria têxtil tem o seu melhor mês de exportação
Autor: Rita Karam
Fonte: Gazeta Mercantil, 17/09/2004, Primeira Página, p. A-1

Mercado externo rendeu US$ 198 milhões em agosto. A indústria têxtil e de confecções obteve em agosto um recorde histórico de exportações, considerando o dado mensal, com vendas externas de US$ 198 milhões, disse ontem o diretor da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Aref Farkouh. O valor é 39,5% maior do que o de igual mês de 2003, e 11,2% superior aos US$ 178 milhões obtidos em julho. No acumulado até agosto, as exportações do setor somaram US$ 1,25 bilhão, 26% acima do mesmo intervalo em 2003, quando somaram US$ 992 milhões.

Os artigos de cama, mesa e banho, principais itens da pauta de exportação do setor, venderam 14% mais no período com receita de US$ 221 milhões. Os tecidos de algodão tiveram vendas 12% maiores com US$ 174 milhões. Em percentual, os fios de poliéster destacaram-se com um aumento expressivo, 152%. As vendas externas do produto alcançaram US$ 12 milhões até agosto último.

Os Estados Unidos, mais importante mercado para o Brasil, compraram 13,6% mais e responderam por US$ 328 milhões do total. Já os embarques para a Argentina, segundo maior destino para o Brasil, cresceram 16,6% com US$ 242 milhões. Em percentual, um dos destaques é a Espanha que comprou 125% mais do Brasil, um total de US$ 37 milhões. O Japão também teve aumento expressivo, 75% , com a compra de US$ 35 milhões. "Trata-se de um mercado importante, que importa US$ 6 bilhões em produtos têxteis, no qual a indústria nacional está ganhando espaço", disse Farkouh.

O diretor da Abit informou que vários fatores têm contribuído para essa elevação, apesar do dólar considerado "barato". Entre eles, Farkouh cita a estabilidade do câmbio. "Apesar de baixo, é melhor assim do que oscilando", afirmou o executivo