Título: Petrobras e Guaraniana vão retomar Termoaçu
Autor: Jiane Carvalho
Fonte: Gazeta Mercantil, 17/09/2004, Energia, p. A-6

A Petrobras e o grupo Guaraniana - formada pelo consórcio entre o grupo espanhol Iberdrola, o Banco do Brasil e a Previ - assinaram ontem um acordo que vai permitir a retomada das obras da termelétrica de Termoaçu, no Rio Grande do Norte. A construção da usina, que vai gerar 340 megawatts (MW) e 610 toneladas/hora de vapor, começou em 2002, mas foi interrompida no ano passado em função das indefinições em torno da política de gás e também dos valores da tarifa de repasse para a distribuidoras do grupo, que comprarão parte da energia gerada.

A assinatura do acordo foi confirmada pelo gerente executivo de energia da estatal, Rafael Mauro Comino. Segundo o executivo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já homologou os valores das tarifas a serem cobradas pela térmica. Pelo acordo assinado ontem, a Petrobras se tornará majoritária no empreendimento. Inicialmente, a estatal teria 30% da usina e a Guaraniana 70%. Agora, a situação se inverteu, e a Petrobras passou a ter 70% da Termoaçu, ficando a Guaraniana com 30% de participação, segundo Comino.

"A partir de agora, a Petrobras vai assumir todo o investimento que falta para a conclusão das obras", disse o executivo, sem detalhar quanto ainda é necessário para colocar a usina em operação. No total, segundo Comino, o empreendimento custará - contando os valores já investidos pelas empresas na compra de todo o equipamento e início das obras - US$ 200 milhões. A unidade deve entrar em operação a partir de 2006. "Da energia gerada, a Petrobras ficará com 40 MW e as distribuidoras da Guaraniana, Cosern (RN) e Coelba (BA), com 300 MW. O vapor gerado também será consumido pela estatal.