Título: Analistas projetam alta de 6,58% para o IPCA
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 29/07/2008, Nacional, p. A6

A projeção de analistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,53% para 6,58% neste ano, na 18ª alta consecutiva. A estimativa ficou acima do limite superior da meta para o ano, de 6,5%. A taxa estimada consta do Relatório de Mercado (Focus), publicação semanal do Banco Central elaborada com base em estimativas e palpites de analistas do mercado financeiro sobre os principais indicadores da economia. A meta de inflação para este ano é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Para 2009, que tem a mesma meta, os analistas mantiveram a expectativa de que a inflação chegue a 5%. No mercado paulista, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), passou de 6,51% para 6,69%, em 2008. Para o próximo ano, a estimativa caiu de 4,70% para 4,55%. Para o atacado, a projeção é de Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 12,18%, ante os 12,03% da semana anterior. Com relação ao Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa passou de 11,96% para 12,04%, neste ano. Em 2009, a expectativa dos analistas para este indicador permaneceu em 5,50%, enquanto o IGP-DI passou de 5,39% para 5,37%. A estimativa para preços administrados permaneceu em 3,81%, em 2008. Para o próximo ano a projeção passou de 5,07% para 5,04%. A taxa básica de juros, a Selic, usada pelo Banco Central para ajudar a controlar a inflação, deve chegar ao final do próximo ano em 14%, na avaliação das mesmas fontes consultadas pelo Banco Central. A projeção anterior era de que a Selic fechasse o próximo ano em 13,75%. Para este ano, no entanto, os analistas mantiveram a projeção de 14,25% para a Selic. Com relação ao crescimento da economia, os analistas mantiveram a expectativa de 4,80% neste ano. Para o próximo ano, estimam redução para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 4% para 3,90%. Para o crescimento da produção industrial, em 2008, a estimativa caiu de 5,45% para 5,38%, mas foi mantida em 4,50% para o próximo ano. A projeção para a relação entre Dívida Líquida do Setor Público e PIB permaneceu em 40,50%, em 2008, mas foi alterada de 39,60% para 39,20%no próximo ano.