Título: BNDES não vê irregularidades
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 30/07/2008, Direito Corporativo, p. A12
A auditoria interna do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apurar a regularidade na concessão de financiamentos à Prefeitura de Praia Grande, em São Paulo, e às Lojas Marisa, concluiu que não houve qualquer indício de irregularidade nas duas operações. Segundo nota divulgada pelo banco, os financiamentos foram submetidos "a todas as instâncias pertinentes e conduzidos de acordo com as normas do banco, e o tempo transcorrido entre o início do trâmite junto à instituição e sua contratação também foi absolutamente normal". A auditoria foi aberta por causa de uma investigação da Polícia Federal, na Operação Santas Tereza, que apontou indícios de desvios de recursos do BNDES por uma organização criminosa. A entidade informou que foram revisados todos os documentos relativos às operações contratadas nos últimos cinco anos pela prefeitura e a loja de departamento. "Foi feita também uma avaliação dos procedimentos executados no âmbito do Sistema BNDES em todas as etapas do processo de concessão de crédito, e não se verificou qualquer irregularidade ou infração às normas do banco", diz a nota. O banco explica, ainda, que todos os projetos analisados pelo BNDES, em qualquer área ou setor, passam por processos diversos de análise que envolve usualmente mais de trinta funcionários e diferentes órgãos colegiados. "Depois de aprovada a operação, procede-se a sua contratação. Os recursos são desembolsados parceladamente, respeitando sempre o acompanhamento técnico e a evolução física e financeira do projeto", afirma o BNDES. Praia Grande Em nota, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), comemorou o resultado da auditoria. "Ela comprova o que dissemos desde o início: que a concessão do financiamento do BNDES para a Prefeitura de Praia Grande foi totalmente regular. E ajuda a esclarecer que não houve desvio de recursos públicos. Esperamos que esse caso sirva de exemplo e que comece a haver mais cautela no país na divulgação de fatos sem que se tenha conhecimento mais aprofundado do assunto, para preservar a imagem de instituições sérias e de seus dirigentes".