Título: Fusão entre Oi e BrT divide operadoras
Autor: Costa, Thaís
Fonte: Gazeta Mercantil, 31/07/2008, Nascional, p. A6

Uma seqüência de comunicados públicos divulgados pelos jornais reflete a disputa que ocorre neste momento no mercado das telecomunicações brasileiras, tendo de um lado a Oi, que pretende comprar a Brasil Telecom e depende de autorização do governo, e de outro a Embratel, do grupo Telmex, que é contra a fusão. Em informe publicitário de meia página editado ontem, a Oi defendeu a proposição de adquirir a BrT, argumentando que do negócio resultará "plataforma brasileira de telecomunicações com capacidade para competir em igualdade de condições com multinacionais que atuam no Brasil". "Como um dos principais rivais da Oi, continua informe da Oi, o grupo mexicano Telmex, dono da Embratel, Claro e Net não quer esta competição e traz argumentos que não correspondem à verdade". A Oi referia-se a um levantamento feito pela Embratel a pedido da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) a respeito do impacto da fusão no mercado doméstico. Tal estudo indica que a fusão levaria a uma concentração de 97% do território nacional, reunindo 140 milhões dos 180 milhões de brasileiros. "Com tal abrangência, a nova operadora chegaria a 42 milhões dos 52,6 milhões de domicílios do País, nível de concentração que poderá levá-la a fixar preços sem contestação". Em resposta à reação da Oi, a Embratel decidiu lançar outro informe em que relata que a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), com base no artigo 54 da Lei 8.884/94, solicitou sua opinião. "A Embratel não se posicionou contra a compra da BrT pela OI, mas apenas contribuiu positiva e democraticamente nos processos de análises decorrentes desta operação, conforme prática de mercado, amparada pela legislação brasileira"