Título: Segmento econômico na mira da Odebrecht
Autor: Coelho, Edilson
Fonte: Gazeta Mercantil, 13/08/2008, Serviços, p. C9

Com 24 anos de trabalho no Grupo Odebrecht, o executivo Paul Altit comanda hoje o braço imobiliário do conglomerado, com negócios no Brasil e no exterior, principalmente em Angola. A companhia sempre foi conhecida pela produção de empreendimentos de alto padrão. Mas recentemente, em parceria com a Gafisa, montou a Bairro Novo, que hoje responde pelos negócios imobiliários no segmento econômico, com projeto em vários estados. Ao contrário do que fez mais de duas dezenas de incorporadoras, a Odebrecht não pensa em abrir o capital - pelo menos no curto prazo. "O mercado de capitais é um meio e não um fim." Gazeta Mercantil - Várias empresas do setor entraram na Bovespa e os resultados não têm sido bons. Como o senhor avalia essa realidade? A Odebrecht não é uma empresa de capital aberto, é um empreendimento imobiliário e não pretende ser uma empresa de capital aberto, pelo menos no curto prazo. Em relação ao mercado, a questão principal é qual objetivo se quer atender. O mercado de capitais em nossa opinião é um instrumento, é um meio e não um fim. Por isso um dos pontos que merece reflexão é, primeiramente, o período que uma empresa precisa para ir ao mercado de capitais e os objetivos que pretende alcançar. O mercado imobiliário é volátil, com viés de crescimento, mas que vive momentos de muitos desafios. As empresas vão acabar se consolidando, se preparando e tendo um grau menor de volatilidade.