Título: Dantas depõe na CPI das escutas telefônicas
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 14/08/2008, Direito Corporativo, p. A10

14 de Agosto de 2008 - O banqueiro Daniel Dantas fez diversas acusações à Polícia Federal e ao diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda., durante o depoimento realizado ontem ao deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas. Ele atribui a abertura de investigação da Operação Chacal, da Polícia Federal, em outubro de 2004, a uma articulação feita pela Telecom Itália, com o objetivo de abafar e impedir as investigações em relação à empresa Kroll. "A Telecom Itália articulou para que a operação da Kroll não prosseguisse. O objetivo era suspender, parar com a investigação", disse Dantas que, apesar de ter conseguido habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo que ficasse calado, respondeu algumas perguntas. O banqueiro ainda afirmou aos deputados que o delegado Protógenes Queiroz disse a ele, durante o depoimento do empresário na Polícia Federal, que iria investigar o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, acusado de receber R$ 5 milhões da Telemar, como investimento à sua empresa Gamecorp. Dando sequência ao depoimento, Dantas acusou o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, de ter articulado a Operação Satiagraha como forma de retaliação pela reportagem na qual dizia que o presidente da Abin era detentor de contas irregulares no exterior, e citava como fonte da informação o Banco Opportunity, de propriedade de Daniel Dantas, porém nada provou. Até o fechamento desta edição o depoimento ainda não tinha terminado. Outro lado Por meio de nota oficial , a Telecom Itália negou as acusações de Dantas. "A atual diretoria da Telecom Itália está tomando as medidas necessárias para pleno esclarecimento dos fatos à sociedade. A administração da Telecom Itália, que assumiu em dezembro de 2007, está tomando ciência da questão e se coloca à disposição para colaborar com as autoridades e chegar à verdade dos fatos." (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Agência Brasil e Agência Câmara)