Título: Cacciola fica calado durante depoimento na Justiça Federal
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 14/08/2008, Direito Corporativo, p. A10

Rio de Janeiro, 14 de Agosto de 2008 - O ex-banqueiro Salvatore Cacciola permaneceu em silêncio durante o interrogatório prestado ontem na Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Segundo seu advogado, Carlos Eli Eluf, a relutância de Cacciola em responder às perguntas deve-se ao acordo de extradição assinado entre o governo brasileiro e o Principado de Mônaco, que o teria livrado de algumas acusações na Justiça. Pelo acordo, assinalou Eluf, o ex-banqueiro não pode ser responsabilizado por três crimes de sonegação atribuídos a ele e que foram tratados na audiência de ontem. Conforme o advogado, resta a Cacciola apenas o processo por gestão fraudulenta do extinto banco Marka. "Ele insistiu que não devia se pronunciar porque esse processo deveria ser extinto, pelo acordo com o Principado de Mônaco", disse Eluf, que vai impetrar um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o Ministério da Justiça, por ter mandado um ofício dúbio ao juiz, dizendo que o processo estava suspenso, mas que deixava a critério dele se deveria prosseguir ou não com a ação. O ex-banqueiro foi levado à audiência em uma viatura policial. Ele ficou na parte traseira do veículo, conhecida como caçapa, mas não estava algemado. Quando chegou ao prédio da Justiça Federal, a equipe de segurança perguntou por que o preso não estava algemado. Foi informada, então, que havia uma decisão judicial proibindo que Cacciola usasse algemas. Por norma da Justiça Federal, todos os réus presos devem circular pelo prédio algemados. Cacciola está no Presídio de Bangu 8 desde que chegou ao país, depois de ter sido extraditado pelo Principado de Mônaco (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Agência Brasil)