Título: Brasilprev tem lucro menor, mas ativos crescem 30,4%
Autor: Bueno, Denise
Fonte: Gazeta Mercantil, 14/08/2008, Finanças, p. B2

São Paulo, 14 de Agosto de 2008 - A Brasilprev Seguros e Previdência, empresa de previdência privada do Banco do Brasil em parceria com a americana Principal e Sebrae, divulga hoje em seu balanço financeiro auditado lucro líquido de R$ 94,4 milhões no primeiro semestre de 2008, menor do que os R$ 109,4 milhões do mesmo período do ano passado. Considerando-se o lucro recorrente, sem efeitos extraordinários, haveria aumento de 12%, de R$ 85 milhões para R$ 96 milhões, explica Tarcísio Godoy, presidente da Brasilprev. "Tivemos efeitos positivos e negativos com impostos", diz, citando as mudanças ocorridas em tributos como a CPMF e a contribuição sobre o lucro líquido. O retorno sobre o patrimônio líquido ficou em 55%. As vendas e os ativos apresentaram crescimento. A arrecadação superou a marca de R$ 1,5 bilhão no primeiro semestre de 2008, considerando-se apenas Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Há também os planos tradicionais, que garantem rentabilidade de 6% ao ano mais a variação de um indexador e que não são mais vendidos mas recebem aportes. Os ativos sob gestão evoluíram 30,4%, para R$ 18,3 bilhões no período. No primeiro semestre deste ano, o destaque de desempenho ficou para o VGBL , com crescimento de 55,4%, para R$ 1,08 bilhão. O PGBL totalizou R$ 494,1 milhões, evolução de 17%. "Vivemos um momento muito bom, com indicadores macroeconômicos que reforçam a previsibilidade, um item necessário para o setor de previdência complementar", diz Godoy. Segundo ele, o brasileiro está consciente da necessidade de poupar para garantir um futuro melhor e encontra produtos acessíveis para isso. "Mesmo com a volatilidade dos mercados acionários, os clientes mantiveram seus recursos nos planos de previdência, o que mostra a maturidade dos participantes deste tipo de aplicação." Godoy acredita que a Brasilprev irá encerrar o ano com um resultado superior a 2007. "Temos um segundo semestre sempre mais favorável", diz. Principalmente os dois últimos meses do ano, quando o setor registra quase 40% da captação total do ano, estimulado pelo pagamento de décimo terceiro e bônus. A grande aposta da Brasilprev no segundo semestre é na consolidação do produto "ciclo de vida", que ajusta o perfil de aplicação em renda fixa e variável de acordo com o momento de vida do participante. "O produto completou um ano em agosto e estamos muito satisfeitos com o resultado obtido até agora", diz, prometendo para breve um balanço da captação do produto. "Estamos investindo em ganhar escala em volume de recursos, como mostra o crescimento de 145% no volume de contribuições nos clientes de alta renda, bem como no ganho de escala nas camadas de menor renda. Temos 2 milhões de planos e o Banco do Brasil tem 26 milhões de clientes. Um potencial imenso para exploramos", diz o presidente da Brasilprev. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Denise Bueno)