Título: Brasil cresce em 2009, apesar da crise internacional
Autor: Freitas Jr, Osmar
Fonte: Gazeta Mercantil, 08/09/2008, Nacional, p. A4

8 de Setembro de 2008 - O entusiasmo dos analistas novaiorquinos é compartilhado pelos colegas brasileiros. Segundo eles, em 2009 o Brasil continua crescendo, mesmo com as crises americana, européia e japonesa. O mercado interno deve sofrer leve desaceleração por conta da taxa Selic, que ainda se mantém alta no próximo ano, mas o ritmo da elevação é menor do que aquele apontado como provável no fechamento deste ano. "Acreditamos que o Brasil cresça 3,4% em 2009, contra os 4,6% com os quais devemos fechar este ano", diz Fernando Sampaio, economista e sócio-diretor da LCA Consultores. Segundo ele, a redução da incerteza do mercado em relação à persistência do crescimento é o principal fator que mobilizará os investimentos ao longo do próximo ano. "Durante nossos 20 anos de vôo de galinha, estávamos presos em um dilema: por que a economia não cresce? Porque não se investe. Por que não se investe? Porque a economia não cresce. Renovar este ciclo vicioso ¿ dado pelas contas externas muito fragilizadas ¿ era vital . O reforço destas contas dá confiança de que o crescimento terá continuidade, pode ser um pouco mais forte um ano, pouco mais fraco em outro, mas é muito difícil imaginar que daqui a dois, três meses estaremos em recessão." A taxa Selic deve variar entre 14,5% e 14,7% em 2008 e os sinais da desaceleração da economia ficarão mais claros a partir de janeiro, favorecendo a queda, suave, da taxa Selic e do IPCA. "Estimamos que o Copom se sinta mais confortável em 2009 para trazer a Selic a um patamar de 12,75% com o IPCA em 5%", diz Sérgio Valle, da MB Associados. Para Fernando Sampaio, a Selic chegará a 13% e a inflação em 4,6% no período. "Acredito que a Selic alcance 12,5% em 2009", diz Fábio Silveira, da RC Consultores. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 4)(Leda