Título: Barril recua 5% e fecha a US$ 91,15 em Nova York
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 17/09/2008, Infra-Estrutura, p. C8
Nova York, 17 de Setembro de 2008 - Os preços do petróleo fecharam o pregão de ontem da bolsa de Nova York em forte queda de quase 5% em baixa pelo segundo dia consecutivo, com os investidores procurando refúgios seguros em meio à continua turbulência nos mercados financeiros. "Liquidações por todos os lados estão atingindo os mercados energéticos, entre outras commodities", afirmou Andy Lebow, corretor da MF Global. "Os mercados energéticos estão focados em fatores exógenos, não em fundamentos. As pessoas estão saindo das commodities e indo para refúgios seguros, como títulos (do governo)", acrescentou. O barril do WTI para entrega em outubro fechou o pregão nova-iorquino em US$ 91,15, perda de US$ 4,56 em relação ao fechamento de segunda-feira. Na bolsa de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento terminou o pregão em US$ 89,22, uma desvalorização de US$ 3,16 na comparação com o dia anterior. Durante o pregão de Nova York, os preços flutuaram ao redor da marca de US$ 90, descendo até US$ 90,51 em Nova York, enquanto o Brent chegou a ficar abaixo dos US$ 89 em Londres, níveis não observados nos últimos sete meses. Os preços do petróleo recuaram US$ 10 em duas sessões, ficando atualmente 38% abaixo de seus recordes históricos alcançados no início de julho de US$ 147. As razões desta queda "têm pouco a ver com os fundamentos", explicou Mike Fitzpatrick da MF Global, que estima que "os preços de todos os tipos de ativos continuam sendo pressionados para baixo no momento, para obter `cash¿ e evitar riscos". "O mercado acionário está mostrando alguma resistência apesar de o Fed não ter alterado as taxas". O Federal Reserve manteve a sua taxa de juro inalterada ontem, optando por ajudar o mercado financeiro com instrumentos de liquidez. "Trata-se da combinação de más notícias econômicas e relativamente boas notícias sobre as escassas conseqüências do furacão Ike, o que faz baixar os preços". (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8)(AFP)