Título: Alemanha doa 5 milhões de euros
Autor:
Fonte: Gazeta Mercantil, 19/09/2008, Nacional, p. A5

Brasília, 19 de Setembro de 2008 - O governo alemão doará ¿ 5 milhões ao Brasil para a compra de equipamentos de desmonte de geladeiras e neutralização do gás CFC (clorofluorcarbono). O acordo, intermediado pelos ministérios do Meio Ambiente dos dois países, foi anunciado ontem pelo ministro Carlos Minc. O anúncio marca a semana de comemorações do Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio, 16 de setembro. Com esses equipamentos será possível a retirada de mais de 90% dos gases CFC contidos nas geladeiras antigas (com mais de 10 anos de uso), alvo dos programas de troca patrocinados pelo governo federal para as classes de baixa renda. A tecnologia, ainda inexistente no Brasil, permitirá a desmontagem das geladeiras, além da retirada a vácuo do CFC presente na espuma e de outros componentes perigosos como óleo e mercúrio. Atualmente, no Brasil, recolhe-se o CFC apenas do circuito de refrigeração e o gás contido na espuma acaba sendo lançado na atmosfera. Somando-se à proteção da camada de ozônio, o recolhimento destes gases traz, adicionalmente, um benefício para o regime climático, dado o alto potencial de aquecimento global dos CFC. A quantidade contida em uma geladeira equivale, para o aquecimento global, a cerca de três toneladas de (dióxido de carbono), o principal gás de efeito estufa. O acordo com a Alemanha, que será executado pela GTZ (Agência de Cooperação Técnica Alemã), prevê que os equipamentos adquiridos serão doados a uma empresa a ser escolhida por edital, com o compromisso de praticar preços reduzidos na operação. "A primeira fábrica vai para edital até novembro. No primeiro semestre de 2009 já deve estar instalada", afirmou. Uma geladeira fabricada até o ano 2000 contém cerca de 100g de CFC-12 no circuito de refrigeração e cerca de 400g de CFC-11 na espuma de isolamento. As geladeiras novas já são fabricadas sem a utilização desses gases. No Brasil ainda existem 11 milhões de geladeiras com mais de dez anos de fabricação, que utilizam o gás. A meta é retirar de circulação 1 milhão de unidades por ano, a partir de 2011. (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 5)(Agência Brasil)