Título: Indenização aumentada
Autor: Álvares, Débora
Fonte: Correio Braziliense, 05/05/2011, Brasil, p. 16

Segundo a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, até o momento não houve o pagamento de indenizações a familiares das vítimas brasileiras. ¿Algumas ações já foram julgadas em primeira instância, mas ainda há todo um processo de recursos pela frente¿, explicou Maarten Van Sluys, diretor executivo da entidade. Um desses recursos foi julgado ontem pela 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que negou o pedido feito pela Air France de limitar o valor a ser pago em 300 mil euros.

Ainda cabe recurso da determinação, mas a decisão aumentou de R$ 510 mil para R$ 600 mil a indenização para cada um dos pais de Luciana Clarkson Seba, uma das vítimas, e de R$ 102 mil para R$ 200 mil para cada um dos avós. Além disso, ficou mantida a pensão vitalícia paga mensalmente à mãe de Luciana, de R$ 5 mil.

O Escritório de Investigações e Análise (BEA, na sigla francesa), também é alvo dos familiares. Isso porque, segundo eles, não é transparente nas apurações. ¿Não é interesse do governo francês, como acionário das empresas envolvidas, gerar prova contra si mesmo¿, acusa o diretor executivo da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, Maarten Van Sluys.

O grupo defende que o governo brasileiro participe de forma ativa das investigações. A Força Aérea Brasileira (FAB) voltou a afirmar, nesta semana, que o representante do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) no navio Ile de Sein, o coronel Luís Cláudio Lupoli, tem participado de todos os procedimentos. (DA)