Título: Taxa para equilíbrio
Autor: D"angelo, Ana
Fonte: Correio Braziliense, 02/05/2011, Economia, p. 8

Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandar a Caixa Econômica Federal reduzir o seguro habitacional em 2009, a seguradora do banco mantinha preços diferenciados, inclusive entre famílias de renda mais baixa e de classe média ¿ a distinção dependia da fonte de recursos dos financiamentos habitacionais, se do FGTS ou da caderneta de poupança. Embora da mesma faixa etária, trabalhadores de renda mais baixa pagavam um seguro muito mais caro que os da classe média.

Procurada pelo Correio, a Caixa Seguros alegou que as alíquotas cobradas são calculadas ¿com base em critérios técnicos atuariais, a partir de tabelas validadas internacionalmente para qualquer seguro de vida (coberturas morte e invalidez) e aprovadas em Nota Técnica Atuarial pela Superintendência de Seguros Privados (Susep)¿ ¿ órgão subordinadp ao Ministério da Fazenda. Justificou ainda que o reenquadramento das taxas em função da idade do segurado é para ¿garantir o equilíbrio técnico da apólice, permitindo que as indenizações do grupo segurado estejam garantidas¿.

Unificação A Caixa Seguros admitiu que as coberturas para mutuários mais pobres ou de classe média são as mesmas, mas disse que o perfil do grupo segurado ¿possui algumas diferenças¿, a exemplo da ¿qualidade de saúde pessoal e dos imóveis financiados¿. Apesar de todos esses critérios técnicos que alega seguir, a seguradora reconheceu que, a partir de 2009, decidiu, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, uniformizar os critérios para ambas as classes sociais. (AD)