Título: Palco de tragédias
Autor:
Fonte: Correio Braziliense, 23/05/2011, Cidades, p. 19

Não é a primeira vez que o Lago Paranoá é palco de tragédias na capital federal. Exatamente há um ano, na madrugada de 22 de maio de 2010, uma lancha de pequeno porte naufragou entre a QL 15 e a Ponte JK e matou duas irmãs, Juliana e Liliane Queiroz de Lira. As outras nove pessoas que estavam a bordo conseguiram se salvar. Um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil concluiu que a embarcação estava superlotada.

Em janeiro de 2010, um barco com dois pescadores também afundou próximo à Prainha, no Setor de Mansões do Lago Norte, e causou a morte de Vagner Pitambeira, de 28 anos. O amigo escapou nadando até a margem. Em maio de 2008, uma colisão envolvendo uma lancha e um pequeno barco perto do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, acabou matando o capitão do Exército Luiz Antonio de Matos, 30 anos. De acordo com a Marinha, o piloto da lancha não viu o outro barco.

A irresponsabilidade de banhistas e navegantes no Lago Paranoá também é causa de acidentes. Em novembro de 2007, o sargento reformado da Polícia Militar Ismar Lopes de Oliveira morreu ao ser atropelado por uma lancha no Setor de Clubes Norte. Ele mergulhava para retirar lixo do fundo do lago e, mesmo tendo sinalizado o local com boias, foi atropelado por um condutor que não tinha habitação.