Título: Reforma, só autorizada
Autor: Sassine, Vinicius
Fonte: Correio Braziliense, 22/05/2011, Política, p. 2

Eventos não oficiais podem ser realizados nas representações diplomáticas, desde que custeados pelos embaixadores. Reformas nos imóveis precisam de autorização do Ministério de Relações Exteriores. Hóspedes são admitidos ¿eventualmente¿. Se uma prestação de contas não é totalmente aprovada, ¿medidas cabíveis¿ são adotadas para a correção dos erros. Estas são as ressalvas do Itamaraty para o funcionamento das embaixadas e dos consulados brasileiros no exterior, conforme a nota enviada ao Correio.

O órgão não informou quanto é repassado exatamente às embaixadas, nem quanto é destinado especificamente à Embaixada do Brasil em Roma. ¿Os gastos gerais estão disponíveis no Siafi.¿ Apenas 11% das representações brasileiras estão integradas ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). A Embaixada em Roma não é uma delas. A inclusão não está prevista para este ano, nem há previsão de quando isso vai ocorrer.

Roubo em Paris

No fim de outubro de 2010, o embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani, avisou à Coordenação de Patrimônio do Palácio do Itamaraty que 18 obras de arte desapareceram das dependências do prédio em Paris. O caso, porém, só se tornou público em fevereiro deste ano, quando reportagem do Correio mostrou que as peças, entre quadros, gravuras e tapetes, doadas por autoridades e artistas, sumiram sem que nenhum funcionário do local percebesse. Não houve, à época, registro de ocorrência policial de roubo. O assunto foi tratado de forma sigilosa pelo Ministério das Relações Exteriores, que abriu uma sindicância para apurar o ocorrido. Até hoje não se sabe o que aconteceu.