Título: Ataque ao fundamentalismo
Autor: Kleber, Leandro
Fonte: Correio Braziliense, 26/05/2011, Brasil, p. 10

Defensor dos direitos homossexuais, o deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) reclamou da decisão e afirmou, no Twitter, que ¿os representantes do fundamentalismo religioso no Congresso decidiram apresentar à presidenta a conta do `apoio¿ dado na última eleição¿. Direcionando mensagens a Dilma Rousseff, ele questionou a ¿defesa intransigente dos direitos humanos¿, prometida pela petista na mensagem encaminhada ao Congresso Nacional ao tomar posse. ¿A comunidade LGBT esperava da presidenta um pouco mais de sensibilidade em relação aos mais de 200 homossexuais assassinados por ano¿, desabafou.

Líder da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis acredita que a presidente Dilma tenha visto um vídeo errado, ligado à campanha do Ministério da Saúde de combate à Aids. ¿O material anti-homofóbico do MEC (Ministério da Educação) ainda nem tem selo do governo federal e não apresenta qualquer cena de sexo. Acho que houve uma grande confusão¿, afirmou.

Para evitar futuros desgastes e constrangimentos, o Planalto se comprometeu a consultar segmentos da sociedade civil, incluindo as bancadas religiosa, da educação e da família, antes de divulgar materiais sobre os ¿costumes¿ da sociedade. A ideia é que todo o conteúdo do kit seja avaliado por uma coordenação da Presidência da República. ¿Para que o material atinja seu objetivo e para não gerar esse tipo de polêmica, tem de ser fruto de uma ampla consulta na sociedade¿, afirmou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.