Título: Problema vai durar até 2037
Autor: Maciel, Alice
Fonte: Correio Braziliense, 06/06/2011, Política, p. 4

Com base em um estudo atuarial do Ministério da Defesa, com projeções considerando um lapso temporal de 75 anos, os gastos com as pensões só sofrerão decréscimo a partir de 2037, em parte, como reflexo da perda do direito automático do benefício das pensões vitalícias para as filhas solteiras, a partir da MP de 2001.

Em dezembro, 200.834 pensões vitalícias foram pagas pelas Forças Armadas. Do total, 162.407 foram pagas a militares ativos e inativos e 38.427 se referiam a benefícios adquiridos em função de leis especiais por ex-combatentes veteranos das guerras do Uruguai (1825 a 1828) e Paraguai (1864 ¿ 1870) e da Revolução Acreana (1899-1903). As filhas de militares recebem, 87.065 benefícios, pagos por meio de 51.389 instituidores. O instituidor é o militar que, ao falecer, deixa a pensão para um ou mais beneficiários.

Atualmente, há um total de 146.731 instituidores que deixaram pensão militar para 203.179 pensionistas. Em vida, os militares das Forças Armadas contribuem para a pensão, e os seus beneficiários a recebem depois do falecimento do contribuinte. Os recursos usados para pagamento provêm do Tesouro Nacional. O Ministério da Defesa é responsável por repassar a verba para as Forças Armadas que, por sua vez, efetuam o pagamento aos militares ativos, inativos e aos pensionistas das três armas.