Título: Mais dinheiro para a habitação
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Fonte: Correio Braziliense, 04/06/2011, Política, p. 5

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que o Minha Casa, Minha Vida 2 será lançado na segunda metade de junho. De acordo com a presidente, a segunda fase do principal programa habitacional do governo deverá construir, até 2014, mais de 2 milhões de moradias. O financiamento, que ficará a cargo do Banco do Brasil, reservará 1,3 milhão de residências para famílias com renda de até R$ 1.635. ¿Na metade deste mês, nós vamos lançar o programa Minha Casa, Minha Vida 2 para a população brasileira¿, afirmou Dilma, ontem, em Angra dos Reis (RJ).

Em discurso, a presidente detalhou que as moradias dessa segunda fase do programa serão mais completas. Esse incremento na qualidade e no acabamento acarretará o aumento do preço médio dos imóveis de R$ 42 mil para R$ 54,9 mil. A área construída das casas também será maior, para que haja acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. O projeto incluirá cômodos amplos e portas e janelas mais largas. A expectativa é que o Executivo libere R$ 71,7 bilhões para a segunda fase do programa, sendo R$ 62,2 bilhões do Orçamento Geral da União e R$ 9,5 bilhões do FGTS.

Dilma também prometeu melhorias em outras áreas, além da habitacional. Ela voltou a falar do programa Brasil sem Miséria, na última quinta-feira, ao destacar a iniciativa do governo voltada para a redução do número de brasileiros que vivem em extrema pobreza. ¿Vamos continuar gerando muitos empregos e fazendo os programas que levaram este país a um nível de desenvolvimento que é um exemplo para o mundo¿, disse.

Petróleo Durante a visita ao litoral fluminense, Dilma inaugurou a Plataforma P-56, que terá capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e 6 milhões de m³ de gás por dia. Segundo a presidente, o Brasil tem condições de ¿construir sondas, plataformas e fornecer equipamentos para a Petrobras explorar o pré-sal¿.

Em Angra dos Reis, a presidente percorreu a plataforma acompanhada do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB); do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e quatro ministros de Estado: Edison Lobão (Minas e Energia), Miriam Belchior (Planejamento), Ideli Salvatti (Pesca) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais).

Já na capital fluminense, Dilma anunciou um pacote de R$ 700 milhões para investimentos na região serrana do estado, onde mais de 900 pessoas morreram no começo do ano, vítimas dos deslizamentos causados pelas fortes chuvas. ¿Não podemos mais permitir que as pessoas fiquem em áreas de risco. Se ficarem, não há contenção de encostas¿, advertiu a presidente.