Título: Vigor dos serviços
Autor: Martins, Victor ; Monteiro,Fàbio
Fonte: Correio Braziliense, 04/06/2011, Economia, p. 13

As medidas de restrição ao crédito reduziram o poder de compra dos consumidores, mas não diminuíram o vigor do setor de serviços, que cresceu 1,1% nos primeiros três meses de 2011. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o desempenho, assim como no fim de 2011, foi puxado pelo comércio. As vendas do atacado e do varejo cresceram 1,9% na comparação entre o último trimestre de 2010 e o primeiro de 2011. Especialistas avaliam que as ações adotadas pelo governo tiveram pouco impacto no movimento de salões de beleza, oficinas ou pizzarias neste começo de ano.

De acordo com Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o resultado do PIB superou as expectativas do mercado. ¿No caso do comércio, o desempenho foi muito bom. Entre os itens que compõem o setor de serviços, foi o que mais cresceu¿, disse. Ele acredita que a sustentação do nível de atividade aconteceu porque não há influências externas que possam causar impactos no segmento. ¿As pessoas podem importar máquinas, mas isso não ocorre na procura por serviços, que continua aquecida.¿

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, os serviços se expandiram em 4%, mas o ritmo não deve ser mantido. ¿O país não tem condições de seguir com esses índices e as pesquisas mais recentes já mostram desaceleração¿, disse o economista. (FM)