Título: Entidades mobilizadas
Autor: Borba, Julia; Amorim, Diego
Fonte: Correio Braziliense, 03/06/2011, Cidades, p. 27

Representantes dos setores que temem sofrer o impacto da mudança, como o atacadista, começam a se armar contra possíveis decisões do Executivo. Um dos caminhos é tentar sensibilizar os ministros do Supremo Tribunal Federal para analisar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ajuizada pelo DF, que busca facilitar o trâmite de propostas no Confaz. A redução no número de empregos e possível aumento nos preços praticados no comércio também são argumentos usados para tentar convencer o governo.

O presidente Fibra, Antônio Rocha, avalia ser importante criar um novo modelo de incentivos fiscais para que a indústria local não perca competitividade. ¿Não podemos trazer os investidores para o DF e depois vê-los levar esse balde de água fria¿. Em nota, a entidade destacou que vai ¿empenhar esforços¿ para encontrar uma solução rápida e garantir a permanência dos industriais.

O assessor jurídico do Sindicato do Comércio Atacadista do DF, Jacques Veloso, acredita que sem uma mudança nas regras do Confaz a guerra fiscal continuará prejudicando o DF. ¿As decisões precisam ser feitas sem a exigência de unanimidade. O que é feito hoje ofende a democracia.¿

Enquanto isso, a agilidade do governo em lidar com a situação deixa apreensivo o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista). O presidente da entidade, Antônio Augusto de Moraes, avalia que, sem a redução do ICMS, as distribuidoras também reformularão as tabelas e toda a cadeia produtiva ficará prejudicada. ¿Ainda há tempo de serem propostas medidas alternativas. Isso pode manter o nosso interesse em continuar aqui.¿ Sem uma decisão rápida, ele prevê danos em toda economia local. ¿Aumentar custos significa aumentar preços, vender menos e demitir funcionários¿. (JB e DA)