Título: DSK sem imunidade
Autor:
Fonte: Correio Braziliense, 18/06/2011, Economia, p. 19

Nova York ¿ O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, tentou, sem sucesso, alegar imunidade diplomática quando foi preso por tentativa de estupro contra uma camareira de hotel. Documentos da polícia mostram que, quando estava sendo levado de seu assento na primeira classe de um voo da Air France, em 14 de maio, ele declarou: "Tenho imunidade diplomática".

Mais tarde, Strauss-Kahn recuou ao ser questionado se tinha algum tipo de status diplomático, dizendo: "Não, não, não. Não estou tentando usar isso, só quero saber se preciso de um advogado". O FMI, do qual mais tarde Strauss-Kahn renunciou do cargo de diretor-gerente, informou, dias depois de sua prisão, que a imunidade não se aplicava ao caso, porque ele estava em Nova York para assuntos pessoais. Sete crimes pesam sobre Strauss-Khan, entre eles tentativa de estupro e cárcere privado. Ele pode pegar 74 anos e três meses de prisão.

Candidata ao comando do FMI, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, deverá ser entrevistada pelo conselho do Fundo, em Washington, na próxima semana. Ela estará na capital norte-americana entre terça e quinta-feira. Apoiada pela União Europeia, Lagarde é a principal candidata a substituir Strauss-Kahn.