O Ministério Público Federal em Lages (SC) denunciou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato por falsidade ideológica, por ter forjado documentos para se passar por seu irmão, morto em 1978. No documento envido à Justiça Federal na última quinta-feira, o MPF pede ainda a prisão preventiva de Pizzolato, com base em tratado de cooperação judiciária que o Brasil mantém com a Itália.

Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu em setembro de 2013 e foi para a Itália com um passaporte italiano falso no nome do irmão. O ex-diretor foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro. Ficou preso até 29 de outubro, quando a Corte de Bolonha negou pedido para extraditá-lo. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, no julgamento do mensalão.

A denúncia foi enviada à 1ª Vara da Justiça Federal e será analisada pela juíza federal de Lages, Giovana Cortez. Segundo o procurador da República, Pizzolato teria cometido o crime sete vezes, usando os documentos falsos por 12 vezes em Santa Catarina, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Segundo o MPF, Pizzolato se passou pelo irmão para obter o passaporte brasileiro, que o permitiu fugir do Brasil.