O irmão do ex-ministro das Cidades Mario Negromonte, Adarico Negromonte Filho, se apresentou na manhã desta segunda-feira, 24, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Adarico era o último dos foragidos da sétima fase da Operação Lava Jato, que culminou na prisão de 25 pessoas, entre elas dirigentes de grandes empreiteiras.
O juiz Sérgio Moro, da Justiça do Paraná, determinou a prisão temporária (cinco dias) de Adarico Negromonte. Segundo investigadores, contudo, há dois meses, ele não era localizado.
O nome do irmão do ex-ministro de Cidades, conhecido como Maringá, está registrado em um dos 32 telefones apreendidos com o doleiro, em março deste ano, quando Youssef foi preso em São Luís (MA). São ao todo 34 trocas de ligação e mensagens com Youssef, alvo dos grampos.
Os autos da Lava Jato mostra a foto do irmão do ex-ministro ao lado da observação: “Transporte de dinheiro em espécie. Obs: irmão do ex-ministro Mário Negromonte.”
Em documentos apreendidos na sede de uma das empresas de Youssef, a GFD Investimentos - escritório de negócios do grupo em São Paulo - foi encontrada uma tabela de contabilidade com referências a “transferências” com o nome Maringá à frente. Para a PF, são os valores movimentados pelos transportadores e suas participações nos negócios.