Título: Faltam infraestrutura e pessoal
Autor: Menezes, Leilane
Fonte: Correio Braziliense, 26/06/2011, Cidades, p. 31

Este ano, 5.930 mil casos da doença devem ser registrados no Distrito Federal, segundo previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca),órgão ligado ao Ministério da Saúde. A maior parte (3.220) deve atingir mulheres. Desses, 660 representam novos casos de câncer de mama, o tipo que mais aflige o sexo feminino em Brasília (veja arte). A taxa condiz com a média nacional.

A Secretaria de Saúde, órgão responsável por promover ações para conter o avanço da enfermidade, admite não ter números atualizados a respeito desse mal. Os bancos de dados dos principais hospitais da cidade não são abastecidos há anos. Com estatísticas defasadas, pessoas que sofrem com as dificuldades do sistema de saúde em busca da cura perdem expressão.

Faltam também na rede pública mamógrafos, equipamentos usados na detecção de tumores nos seios. Há apenas três aparelhos no DF. A recomendação do Ministério da Saúde é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. Seriam necessários, no mínimo, 11 no DF, onde vivem mais de 2,6 milhões de pessoas. Há também fila para a radioterapia. Além disso, somente oito psicólogos estão disponíveis. "Estamos aquém da nossa necessidade. Faltam recursos humanos", admitiu o gerente de câncer da Secretaria de Saúde, Arturo Santana Otaño. O Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HUB) também recebe parte dos pacientes, na tentativa de desafogar o Hospital de Base.