O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), adiou mais uma vez a definição sobre o reajuste nos salários de deputados e senadores, discutido ontem na reunião da Mesa Diretora da Casa. O presidente disse que vai conversar hoje com o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), já que o reajuste também atingirá os salários da presidente Dilma Rousseff, de seu vice, Michel Temer, e dos ministros de Estado. Henrique Alves defende a elevação dos subsídios de R$ 26,7 mil para R$ 33,7 mil. Segundo ele, o projeto que garante o reajuste será votado ainda este ano, antes do dia 22 de dezembro.

Reeleitos beneficiados

Na reunião de ontem, no entanto, Alves voltou a sofrer pressão de deputados para que o aumento fosse maior: para R$ 35,9 mil. Os deputados defendem que, como o Congresso Nacional está prestes a votar um aumento de R$ 29,4 mil para R$ 35,9 mil nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), é preciso também garantir o mesmo valor para os parlamentares e para a presidente Dilma Rousseff - já que se trata dos principais representantes de cada um dos três Poderes.

O aumento é proposto por meio de projeto de resolução e tem que ser aprovado na Câmara e no Senado. Ele beneficiará os congressistas reeleitos, que votarão sobre seus vencimentos.

- Marquei para amanhã uma reunião com o Mercadante, para discutirmos a questão dos salários. Não é aumento, é reajuste, correção das perdas inflacionárias. - disse Henrique Alves.