Título: Imóveis de até US$ 50 mil
Autor: Braga, Gustavo Henrique
Fonte: Correio Braziliense, 07/07/2011, Economia, p. 14

Não são apenas os lojistas que enfrentam a concorrência de Miami. No mercado imobiliário, o interesse dos brasileiros que vão para aquela cidade dos Estados Unidos é crescente e não se limita a casas e apartamentos de padrão elevado. Muito pelo contrário. Atraídos por excelentes oportunidades ¿ preço baixo depois da crise de 2008 ¿ muitas famílias estão colocando suas economias em imóveis de até US$ 50 mil (cerca de R$ 80 mil), de olho na renda com o aluguel e no retorno que o investimento dará em médio prazo, com a recuperação da economia norte-americana.

"Somente neste ano já atendemos 20 clientes que queriam comprar imóveis de até US$ 50 mil", conta um executivo da EBS Capital, uma corretora que atua no mercado paulista. Com a condição de não revelar seu nome, ele explica que o Banco Central facilitou as remessas para o exterior de até US$ 50 mil para o pagamento de alguma operação. Se não superar esse teto, o negócio pode ser fechado por meio de corretoras, sem burocracia. Acima disso, a transação tem que ser fechada por meio de um banco. A procura por imóveis de até US$ 50 mil em Miami deslanchou no ano passado.

"A renda do brasileiro aumentou e a taxa de câmbio está favorável. Então, é natural que vejamos mais remessas ao exterior para a aquisição de imóveis", diz o diretor da EBS Capital. Para fechar um negócio por meio da corretora, o comprador do imóvel tem que apresentar a proposta do vendedor, com os dados do bem e o valor. A instituição também exige o preenchimento de um cadastro para identificar a capacidade de pagamento do comprador.

Uma vez aprovado o cadastro, a EBS fecha o contrato de câmbio e remete os dólares diretamente para a conta do proprietário do imóvel no exterior. O comprador brasileiro fica ainda com a obrigação de apresentar à corretora, em um prazo previamente estipulado, os documentos que provam que ele passa a ser o legítimo proprietário do imóvel. Se não fizer isso, a instituição o denuncia ao Conselho de Controles de Atividades Financeiras (Coaf) como suspeito de lavagem de dinheiro.

"A renda do brasileiro aumentou e a taxa de câmbio está favorável. Então, é natural que vejamos mais remessas ao exterior para a aquisição de imóveis", diz o diretor da EBS Capital. Para fechar um negócio por meio da corretora, o comprador do imóvel tem que apresentar a proposta do vendedor, com os dados do bem e o valor. A instituição também exige o preenchimento de um cadastro para identificar a capacidade de pagamento do comprador.

Uma vez aprovado o cadastro, a EBS fecha o contrato de câmbio e remete os dólares diretamente para a conta do proprietário do imóvel no exterior. O comprador brasileiro fica ainda com a obrigação de apresentar à corretora, em um prazo previamente estipulado, os documentos que provam que ele passa a ser o legítimo proprietário do imóvel. Se não fizer isso, a instituição o denuncia ao Conselho de Controles de Atividades Financeiras (Coaf) como suspeito de lavagem de dinheiro.

BC rigoroso O Banco Central ressalta que as corretoras de câmbio podem fazer qualquer operação prevista nas regras fixadas para o mercado de câmbio do país. Mas elas serão responsabilizadas por qualquer irregularidade que venha a ser detectada pela autoridade monetária. Por isso, muitas instituições preferem recusar algumas transações. Temem pagar multas e, principalmente, serem proibidas de atuar.