Os rodoviários fizeram três greves em 2015. Pelo menos quatro empresas paralisaram as atividades, segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). E sempre por falta de pagamento. Por causa disso, a Secretaria de Mobilidade Urbana e a Governadoria, com representantes da população, traçaram um plano, emergencial e provisório, para evitar que os usuários do transporte público do DF fiquem prejudicados. A medida valerá a partir de hoje no trajeto entre Brazlândia e o Plano Piloto.

Para que a população não sofra com a falta de ônibus, o plano de contingência prevê o remanejamento de veículos entre as cinco empresas que controlam as principais rotas da cidade. Assim, em caso de paralisação em uma região, a frota poderá ser reforçada com até 25% dos veículos das outras companhias. De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Carlos Henrique Tomé, a medida dá liberdade às empresas para atuarem em áreas operadas por outras companhias. “Até então, as empresas só podiam operar em uma bacia. Agora, quando houver uma emergência, permitiremos que esta ou aquela empresa também atue em outras localidades”, disse à imprensa.

Amanhã, 29 ônibus emprestados pela Viação Pioneira, pela Viação Marechal, pela Via Piracicabana e pela Viação HP-ITA começam a circular de forma provisória nas rotas de Brazlândia, emprestados à Viação São José, que cobriu a lacuna deixada pela Cooperativa Alternativa, sem rodar desde 7 de janeiro. A São José trafegava entre Brazlândia e o Plano Piloto com a frota deficitária em pelo menos 20 veículos. Segundo Tomé, “o novo dispositivo torna-se uma medida preventiva e legal, e poderá ser aplicado em casos semelhantes, quando necessário”.