Título: Pelo Dnit, Pagot largou Senado
Autor: Lyra, Paulo de Tarso ; Sassine, Vinicius
Fonte: Correio Braziliense, 11/07/2011, Política, p. 2

O senador Jayme Campos (DEM-MT) afirma que a relação com Luiz Antonio Pagot, diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), está "ruim, azedada". Mas já foi bem melhor. Em 2006, Pagot foi indicado para a primeira suplência de Campos, então candidato. Amanhã, o senador pretende ficar calado durante a audiência pública em que estará presente seu antigo aliado. Campos integra um partido de oposição, mas não deve se posicionar sobre as atitudes de Pagot à frente do órgão. "Ficaria difícil para mim", disse Campos ao Correio.

A indicação de Pagot para a chapa de Jayme foi do hoje senador Blairo Maggi (PR-MT), que disputava naquele ano a reeleição para o governo de Mato Grosso pelo PPS. Jayme e Blairo foram eleitos e, três anos depois, Pagot teve a chance de assumir a cadeira no Senado, durante quatro meses de licença do titular. Não quis. Já no cargo de diretor-geral do Dnit, preferiu continuar no cargo e renunciar definitivamente à primeira suplência. Quem assumiu o mandato durante os quatro meses foi Osvaldo Sobrinho, segundo suplente que virou o primeiro. No Dnit, Pagot manteve o comando de um dos maiores do governo federal ¿ R$ 14,6 bilhões ¿ e colecionou acusações de irregularidades. É o antigo aliado Campos quem afirma: "As denúncias são muito graves, parecem ser verdadeiras, principalmente as de superfaturamento. Precisam ser esclarecidas." (VS)